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sábado, 9 de abril de 2011

Depois de massacre, pais da baiana assassinada no Rio querem voltar para a Bahia


A vida começou cedo para Milena dos Santos Nascimento. E cedo também se findou. A menina, que nasceu prematura aos 6 meses, teve os sonhos interrompidos 14 anos depois. Baiana de Ipiaú, no Sudoeste do estado, Milena está entre as 12 crianças que foram mortas com tiros à queima-roupa por Wellington Menezes de Oliveira, no massacre da Escola Municipal Tasso da Silveira, que ocorreu anteontem, no Rio. O corpo da jovem foi sepultado ontem à tarde, no Cemitério do Murundu, em Padre Miguel.Aplicada, Milena acordou cedo, por volta de 6h45, para enfrentar mais um dia de aula, na quinta-feira. Segundo o pai da garota, Valdir Santos Nascimento, ela e as duas irmãs - que estudam no mesmo colégio, mas nada sofreram - tomaram banho e sentaram à mesa para tomar o café preparado pela mãe, Joseane Santos. “Ela era muito vaidosa. Lavou os cabelos e saiu bem arrumada. Sem querer perder o horário, chamou as irmãs e disse: ‘Fique com Deus meu pai’”, relembra.
A mãe de Milena, Joseane dos Santos, passou mal e teve que ser amparada 

Notícia
Ainda antes de sair para trabalhar, Valdir recebeu a notícia de que uma tragédia havia acontecido na escola das filhas. “Encontrei a minha mais velha e a mais nova desesperadas na rua, mas não achei Milena. Mais tarde, no IML, confirmaram que ela havia morrido”, contou. “Foi a maior dor que eu senti na minha vida. Parecia uma faca cravada no meu peito. Dói demais”, disse, emocionado.Milena foi morar no Rio com 1 ano de idade. Na Bahia, ela voltou apenas mais uma vez, para visitar a avó paterna. Ainda assim, ela mantinha contato pela internet com os parentes que moram na cidade.  Tia da garota, Marta Nascimento, que está em Ubatã, falou como a família recebeu a notícia. “Ficaram todos chocados. Ela era uma menina tão querida. Estamos todos muito tristes”.Ao CORREIO, o pai de Milena contou ainda que a filha adorava teatro e sonhava em ser atriz. Ele ressaltou também o alto-astral da adolescente. “Era uma menina alegre, que vivia sorrindo. A única vontade dela era ser feliz”.Valdir Nascimento afirmou que, depois do crime, já pensa em voltar para a cidade natal, na Bahia. “Quero vender a casa e construir minha vida em Ubatã, novamente”.Ontem, a mãe de Milena passou o dia sob efeito de remédio. No enterro, amparada por parentes, ela desabafou: “Ninguém esperava que ela fosse morta dentro da sala de aula. É muita dor”.informacoes  correio

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