Marildo teria sido a 14ª vítima de homicídio na cidade desde o início de 2011. Manifestantes foram às ruas protestando contra a falta de segurança da cidade, ateando fogo em pneus, depredando carros e até a sede da Câmara Municipal. Orientado pela polícia, o prefeito Ramiro Campelo de Queiroz fugiu para Salvador, até que a situação fosse controlada.
A cidade com cerca de 90 mil habitantes e suas belezas naturais vem perdendo espaço para a criminalidade. Valença é apontado como um dos três municípios do interior baiano, com maior índice de violência. Moradores se organizaram para reivindicar reforço no policiamento e o aumento de médicos legistas no Departamento de Polícia Técnica da cidade, revoltados pelo fato do corpo de Marildo ter levado dois dias para ser necropsiado.
De acordo com notícias divulgadas pela emissora de rádio local, Rio Una FM, cerca de 300 pessoas participaram do protesto. Armados com paus e pedras, os manifestantes atearam fogo em pneus, destruíram portas e janelas da Prefeitura, da Câmara de Vereadores e veículos dos edis estacionados em frente ao órgão.
Cerca de 12 estabelecimentos foram invadidos e saqueados. O trânsito ficou interditado no local e o clima ficou tenso quando um motorista tentou furar o bloqueio e foi impedido pela população, retornando armado ao local identificando-se como policial. Militares da 33ª Companhia desarmaram o homem e tentaram acalmar a fúria dos manifestantes.
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